Quem vê o ator Pedro Pascal no auge do sucesso em Hollywood aos 50 anos não imagina como foi dura a sua ascensão. Pascal, nascido em 2 de abril de 1975 em Santiago do Chile, foi criado nos Estados Unidos, o que permite que ele fale um inglês de nativo. Naturalizado estadunidense, tem plenos poderes para exercer sua profissão, ou seja, lida com as mesmas dificuldades de tantos outros artistas na terra de Mickey Mouse.
A luta de Pascal por um lugar ao sol na indústria do entretenimento começou em meados da década de 1990. Seu nome completo é José Pedro Balmaceda Pascal. Em 1999, ele escolheu seu atual nome artístico em homenagem à mãe, que morreu naquele ano. Seus primeiros trabalhos foram papéis pequenos em séries de televisão como “The Good Wife” (2009/20016) e “Homeland – Segurança Nacional” (2011/2020). Para sobreviver em Nova York, trabalhava também como garçom e contava com a ajuda financeira de amigos.
O ano de 2014 mudou a vida de Pascal. Ele foi convidado para interpretar um príncipe sensual e vingativo na quarta temporada da série “Game of Thrones” (2011/2019 – HBO), e sua participação foi um sucesso fenomenal de crítica e público. Daí em diante, as boas oportunidades foram se sucedendo: protagonismo na série “Narcos” (2015/2017 – Netflix), bem como os filmes “A Grande Muralha” (2016), “Kingsman – O Círculo Dourado” (2017) e “Se a Rua Beale Falasse” (2018).
A partir de 2019, o estrelato se estabelece na saga de Pedro Pascal. É o ano da estreia da série, criada por Jon Favreau, “The Mandalorian” (2019/2023 – Disney+), que faz parte da franquia “Guerra nas Estrelas”. Pedro tem o papel título, Din Djarin, um solitário caçador de recompensas, que se torna o protetor da Criança (Grogu), uma adorável criatura robótica. Aliás, o boneco Grogu (também chamado Baby Yoda) é hoje um dia um objeto de adoração. Está em lojas de brinquedos, canecas, chaveiros, roupas, sandálias, redes sociais etc. É tanto prestígio que um filme está com estreia programada para o ano que vem: “The Mandalorian & Grogu”, mas agora Pedro Pascal vai dividir os holofotes com a Criança.
Por causa de Grogu Pascal assimilou a imagem de “paizão” que tem conquistado a Internet. No seu grande sucesso atual, a série de drama pós-apocalíptico “The Last os Us” (2023/2025, HBO), criada por Craig Mazin e Neil Druckmann e baseada na franquia de videogame desenvolvida por Naughty Dog, ele voltou a exercitar seu lado paterno. Ao interpretar o incansável Joel Miller, Pascal teve de cuidar da irritadiça adolescente Ellie (Bella Ramsey), em tudo diferente da encantadora Criança. Esse é um estranho destino para um homem de 50 anos celebrado por sua beleza e sua sensualidade fora das telas.
Para além da televisão, Pedro Pascal tem trabalhado com grandes diretores como Pedro Almodóvar (no curta-metragem “Estranha Forma de Vida” [2023]) e Ridley Scott (em “Gladiador 2” [2024]). Pedro é também um ferrenho defensor dos direitos LGBT+ (sua irmã Lux Pascal, a quem apoia com paixão desde sempre, é transgênero). Atualmente, na sombria era Trump, ele ainda consegue combinar ativismo e humor e tem usado uma camiseta com a inscrição “Protect the Dolls” (literalmente “Protejam as Bonecas”), um novo ícone da luta pela causa trans. Super-homem? Certamente.