Jhonatan Zati
A importância da leitura de biografias em minha vida é imensurável. Desde cedo, desenvolvi o hábito de me envolver nas histórias de vida de pessoas reais, permitindo-me mergulhar em suas experiências, triunfos e desafios. A biografia “Madonna, 60 anos: a biografia do maior ídolo da música pop” (Agir, 2018), escrita por Lucy O’Brien (1961), não apenas narra a vida fascinante de uma das artistas mais icônicas do nosso tempo, mas também lança luz sobre os desafios e triunfos enfrentados pelas mulheres na indústria da música. Como fã da cantora, o que mais me chamou atenção foram as informações de bastidores.
A escrita perspicaz de Lucy O’Brien é um mergulho nas várias fases da carreira de Madonna. Ao explorar sua história de vida, desde suas origens e primeiros passos na indústria musical até seu status como uma das maiores influências da música pop, o livro narra as lutas e conquistas de uma mulher que desafiou expectativas e pavimentou o caminho para gerações futuras.
O tempo que Madonna passou na sua cidade natal, Bay City, no Michigan, nos Estados Unidos, foi primordial para sua rebeldia. Um lugar operário e gerido por homens criou uma atmosfera de não pertencimento, algo com que o público-alvo de Madonna pôde se identificar, incluindo a comunidade LGBTQIA+ e as mulheres.
Tão logo foi apresentada ao universo disruptivo da discoteca e da liberdade de expressão artística e sexual, a diva pop bebeu da fonte da cultura conhecida como gay, da comunidade negra e de artistas de rua para construir sua persona pública.
O livro aborda também a relação de Madonna com a cabala. Embora eu não concorde totalmente, algumas pessoas consideram que a criatividade de Madonna decaiu quando ela passou a procurar a paz em vez de brigar com o papa.
A importância “Madonna: 60 anos” está sobretudo no fato de que o livro expressa como a cantora quebrou estereótipos e derrubou barreiras de gênero. Madonna é uma figura emblemática que desafiou convenções e abriu caminhos para artistas no geral, sobretudo mulheres. É um exemplo inspirador para quem deseja uma carreira duradoura.
Você também pode gostar
Jhonatan ZatiComo cadeirante, tive o imenso prazer de mergulhar nas páginas do livro “Feliz Ano Velho” (Objetiva, 2006), de Marcelo Rubens Paiva (1959), e gostaria de compartilhar minha experiência e opinião sobre essa obra que tanto me marcou. Na idade em que eu estava, 16 anos, não havia tido muito contato com textos que lidassem …
Jhonatan Zati“Um Defeito de Cor”, de Ana Maria Gonçalves, o livro que escolhi para essa página do meu Diário de Leituras, teve um impacto direto na minha forma de compreender eventos históricos e suas consequências, ao abordar temas fundamentais como a escravidão, a resistência negra e a luta pela liberdade. O livro apresenta uma narrativa …
Jhonatan Zati Desde criança, mergulhei na magia dos contos de fadas. A primeira coletânea de contos infantis a que tive acesso chamava-se “As Maravilhas da Infância: O Reino da Criança” (Novo Brasil Editora, 1981), era composta de três volumes – o da foto era o primeiro – e foi uma espécie de herança passada entre os …