“Ruptura”, “Paradise”, “The Last of Us”, “Duna – Parte 2”, “Furiosa: Uma Saga Mad Max”, “Micke 17”… Filmes e séries que têm algo em comum. São distopias. Elas apresentam uma sociedade radicalmente alterada: totalitarismo, guerra, epidemia e segregação. No mundo da ficção distópica, as situações e os ambientes são áridos, pós-apocalípticos e brutais. Os personagens, no entanto, humanos ou não, conservam uma certa pureza, um desejo de amor e acolhimento que transporta os filmes e séries selecionados aqui para perto do coração selvagem de cada indivíduo. É do presente que essas obras tratam. E dos seres que neste momento lutam por um sentido para suas próprias existências.
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“Duna – Parte 2” (2024, HBO Max), filme dirigido por Denis Villeneuve. Paul Atreides (Timothée Chalamet) precisa escolher entre o amor de sua vida, a guerreira Fremen Chani (Zendaya), e seu destino profetizado, o que pode levar a um futuro sombrio e devastador para o universo conhecido.
“Furiosa: Uma Saga Mad Max” (2024, HBO Max), filme dirigido por George Miller. A jovem Furiosa (Anya Taylor-Joy) é sequestrada e cai nas mãos de uma Horda de Motoqueiros liderada pelo Senhor da Guerra Dementus (Chris Hemsworth). Enquanto os tiranos lutam por domínio, Furiosa passa por uma série de provações, mas sobrevive e traça um plano para voltar para casa, tornando-se, ao longo dos anos, uma implacável guerreira.
“Mickey 17” (2025, HBO Max), filme dirigido por Bong Joon Ho. Mickey Barnes (Robert Pattinson) é um funcionário dispensável que realiza trabalhos de alto risco. Sempre que morre, um novo corpo seu é gerado, e ele volta com a maioria de suas memórias intactas. A 17ª versão de Mickey, dado como morto, descobre que seu clone, Mickey 18, já foi ativado. Dois Mickeys com a mesma identidade e memórias passam assim a existir, o que é estritamente proibido pela lei da colônia. Mickey 17 e Mickey 18 precisam esconder sua existência duplicada de seus companheiros e líderes, enquanto tentam sobreviver em um ambiente hostil e lidam com as implicações éticas e existenciais de serem “cópias” um do outro.
“Paradise” (2025, Disney+), série criada por Dan Fogelman. Um agente é designado para investigar a morte do Presidente Cal Bradford (James Marsden), que parece ser um assassinato. Logo ele se depara com uma vasta conspiração, o que o faz com questione a lealdade de todos ao seu redor, incluindo pessoas que ele considerava aliados. A trama se aprofunda na ideia de um mundo à beira do colapso e de um sistema que promete “o paraíso” para alguns, mas a um custo terrível para a humanidade.
“Ruptura” (2022-, Apple TV) é a típica série contemporânea. Criada por Dan Erickson, ela apresenta os funcionários da indústria Lumon, uma corporação biotecnológica que fornece um procedimento que separa as memórias de um indivíduo entre o trabalho e a vida pessoal. É a ruptura. Assim, são criadas duas identidades distintas: uma que nada sabe do mundo externo à empresa, e outra que vive sua vida fora da indústria sem lembranças do trabalho. Mark (Adam Scott), o protagonista, é um funcionário que concorda em participar do programa. Trata-se de um coquetel de atmosfera opressiva e cultura corporativa sufocante em doses cavalares.
“The Last of Us” (2023-, HBO Max), série criada por Neil Druckmann e Craig Mazin. Vinte anos após uma pandemia causada pela mutação de um fungo que transforma os humanos em criaturas monstruosas, Joel Miller (Pedro Pascal) vive em uma zona de quarentena militarizada e trabalha como contrabandista. Ele recebe a missão de escoltar Ellie (Bella Ramsey), uma adolescente de 14 anos. O que começa como um pequeno trabalho se transforma em uma jornada perigosa e emocionante por um continente pós-apocalíptico. Descobre-se que Ellie é imune à infecção pelo fungo. Sua imunidade pode ser a chave para desenvolver uma cura. A dupla improvável precisa estabelecer uma relação de confiança mútua para sobreviver. Afinal, Joel e Ellie desenvolvem um laço profundo, semelhante ao de pai e filha, em um mundo cheio de infectados e sobreviventes ameaçadores.
Então, o que você teme? Qual é ameaça que você pressente neste mundo? As obras distópicas são respostas para essas perguntas. E paradoxalmente se revelam armas para que o futuro seja melhor.